“Aos jovens, tudo o que imaginam parece-lhes realidades”.
Se Jacques Bousset estivesse vivo, pensaria que ele disse essa frase ao ver a
As Comunicação Integrada se formando: oito amigos do primeiro período da
faculdade de jornalismo e publicidade se juntam para discutir questões das mais
diversas do setor de comunicação da cidade entre partidas de bisca e goles de
cerveja e achando que sabem tudo sobre o assunto. E o tempo ia passando, as
risadas aumentavam e os “devaneios” se formavam; quando, enfim, alguém fala em
montar uma agência de verdade e todos concordam fazendo mais um brinde à nossa
empresa sem nome. Até que, em um determinado momento do jogo, quando ninguém
mais falava coisa com coisa e valendo todo nosso dinheiro na mesa (cinco reais)
um mostra uma dama, o outro, um rei, mas o vencedor usou um As, a carta mais
forte do baralho. E todos se entreolharam como se pensassem a mesma coisa e nos
abraçamos fazendo mais um brinde à nossa empresa agora não mais anônima: As
Comunicação integrada. E aqueles cinco reais foi nosso primeiro investimento:
uma cartela de remédio de dor de cabeça.
Na outra semana seguiram-se a busca desenfreada por
oportunidades dentro do mercado municipal e logo conseguimos, através de
parentes e amigos, desempenhar nossos primeiros trabalhos em bares,
restaurantes e empresas próximas. Mas, como todo iniciante, cometemos alguns
erros e não satisfazemos nossos clientes por completo; talvez pela
desorganização das funções de cada um ou até mesmo pela falta de articulação e
manejo com o trabalho, porém, como jovens decididos e focados nos seus objetivos
que somos, nos unimos novamente para outra reunião, dessa vez não mais regada a
partidas de baralho e cerveja, mas, sim, de ideias inovadoras e atitudes firmes
para um melhor desempenho e logo voltamos renovados ao trabalho, de cabeça erguida
para a luta pela realização de nossos sonhos.
O impacto dos primeiros “não gostei” “poderia ter sido
melhor” “isso é tudo?” nos amadureceu muito e mudou nossa visão sobre o próximo
trabalho que recebemos. Nesse, trabalhamos com outra postura, não mais com
aquela euforia de um jovem sonhador, mas com a determinação e seriedade de um
adulto realizador de seus sonhos. E depois de muitas noites de sono perdido
pensando na melhor propaganda, no melhor slogan, no público alvo, nos melhores
meios de divulgação; o resultado não podia ser outro: cliente satisfeito e
outra indicação no mercado.
E foi assim, de grão em grão, que fomos conquistando nosso
espaço. Sei que sou muito jovem para dar um conselho a quem está começando
agora, mas se ficaram com curiosidade de saber se realmente deu certo e se o
nosso projeto sonhador realmente decolou, terei que deixa-los nessa dúvida por que
nesse exato momento estou atrasado para uma reunião com um cliente e mais tarde
volto à agência para o projeto de criação, depois tenho que fazer filmagens
para uma propaganda televisiva, enfim, hoje o dia vai ser longo. Não tenho mais
tempo. Um abraço a todos. Fui!
Bernardo Gonzaga, um Ás
Comunicador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário